Saturday, October 29, 2005

Comparação Inevitável

Hoje enfim, assisti Mar Adentro. Na época que saiu acabei não vendo porque o Menina de Ouro tinha me deixado tão atordoada que fiquei com medo de rejeitar o filme, sem prestar muita atenção.

Agora que terminei de vê-lo percebo o quanto são filmes extremamente diferentes, antes que me crucifiquem os dois filmes são maravilhosos, cada um a seu modo. Os dois tratam da vontade de morrer, mas descrevem pessoas completamente diferentes e com isso sensações sobre a morte também diferentes.

Em Mar Adentro, a construção do personagem foi tão emocional, carismática, que é difícil entender porque ele queria morrer, e tudo é tão suave, que é difícil acreditar que ele conseguiu. O filme é recheado de emoções, o que torna fácil ao público chorar. É bastante cômodo, acredito eu, contar essa história e arrancar lágrimas de compaixão de todas as pessoas. É como se Rámon fosse morrer, mas permanecesse vivo, no coração de todos... No fundo, isso não é morrer. O bom é que a gente acaba ficando com pena da família e se perguntando, será que o tetraplégico não poderia fazer mais esse sacrifício, pela felicidade de sua família? O que meio que inverte a situação, e mais uma vez, motivos e motivos pra chorar...
No final, temos uma família feliz, mostrando que se tiver tudo bem...vale a pena viver. Ah! tinha esquecido a doente tb escolhe não morrer...mais cagaço que qualquer outra coisa, diga-se de passagem, mas não importa, afinal era uma história verdadeira, tudo isso realmente aconteceu e a vida é bela! Mesmo que vc opte por não viver nela.

Tudo muito bom, tudo muito bem e aí vem o soco na boca do estômago. Apesar de tratar, aparentemente do mesmo assunto, em Menina de Ouro a coisa é uma pouco mais carregada. Ninguém faz vc sentir pena de ninguém, e em inúmeros momentos (maioria) nem fazem questão que vc goste, um pouco, dos personagens. Aí entra o problema, como se identificar com alguém, entender o que ele está passando, para poder ter um pingo de empatia e lhe conceder misericórdia? Misericórdia que se concede a um pobre cãozinho, mas que talvez não fosse concedida a um nojento jacaré. Percebe como as emoções são traiçoeiras? Como tornar alguém tão seco, tão duro, digno de alguma emoção? de alguma compaixão? Pare pra pensar e nem amigos pra dividir a culpa ela tinha, só tinha a si, e mesmo na condição em que estava, conseguia um jeito. Sem nunca depender da boa vontade de estranhos. E aí está o gênio da coisa. É fácil conseguir lágrimas, compaixão, taquicardia, foda é matar alguém e não ter nada disso. Eu chorei quando a baleia (baleia do Vidas Secas) morreu, mas dessa vez saí do filme com alguma coisa entalada, querendo sentir algo, sem conseguir.

Por isso, que me perdoem os sentimentais...
sou mais o soco na boca do estômago!

esse ficou grande, até a próxima!

Friday, October 28, 2005

A Noiva Cadáver

Linda, querida por todos, com qualidades inomináveis...ele ainda a conhece tão mal!
mas no final, só uma coisa importa, não é dela que ele gosta. E mais uma vez a histótia se repete. Ela estar morta é totalmente indiferente, no fundo o que resta é isso, sem explicação aparente, ele prefere a outra...
Sinto que não devia ter torcido pelo cadáver, sinto que não devia ter demorado tanto pra perceber.

Wednesday, October 26, 2005

Grand Oppening

Começando light!!

Campanha para o novo nariz do Dirceu...

Dirceu na cadeia levando porrada!!

já que ninguém vai ler isso mesmo!!
amanhã quem sabe coloco alguma coisa melhor!!