Nevermore
Hoje o suicida da reitoria ganhou nome, sobrenome e apelido, se chama Herman. O Herman da bola de basquete e da macoinha, da super dieta efetiva, da peteca. O Herman que fazia cara de bravo no final do jogo, o que sempre tirava a camisa, o que dava lugar para outros jogarem, o que fez uma menina chorar. Que eu passei mais de um ano observando, criando uma identidade, cada dia com alguma novidade.
Tantas vezes tentei descobrir o que ele fazia, História, diz a folha A4 presa na porta da reitoria, como ele conseguiu emagrecer tanto, do que ele gostava, que amigos ele tinha, qual era sua filosofia de vida. Tantas perguntas ensaiadas e sempre a mesma certeza, um dia a gente se encontra numa festa por aí e eu pergunto tudo isso, deixa pra amanhã.
Diz que na queda fica-se menor, de 1,90 passou a 1,80, assim ficou difícil de reconhecer. O suicida agora tem rosto, a mala que ficou na sala de aula virou mochila, uma vermelha e preta. Diz que tinha remédios dentro. Consigo ver seu rosto ao cair, seu corpo se esgueirando pela janela do décimo andar. Consigo até fechar seus olhos e perguntar:
--Oi, você é o Herman, né?
Tantas vezes tentei descobrir o que ele fazia, História, diz a folha A4 presa na porta da reitoria, como ele conseguiu emagrecer tanto, do que ele gostava, que amigos ele tinha, qual era sua filosofia de vida. Tantas perguntas ensaiadas e sempre a mesma certeza, um dia a gente se encontra numa festa por aí e eu pergunto tudo isso, deixa pra amanhã.
Diz que na queda fica-se menor, de 1,90 passou a 1,80, assim ficou difícil de reconhecer. O suicida agora tem rosto, a mala que ficou na sala de aula virou mochila, uma vermelha e preta. Diz que tinha remédios dentro. Consigo ver seu rosto ao cair, seu corpo se esgueirando pela janela do décimo andar. Consigo até fechar seus olhos e perguntar:
--Oi, você é o Herman, né?
6 Comments:
É coisa de cidade grande: O cara senta na sua frente mas você nem sabe o nome dele. Quando viaja pro Uzbequistão (ou pra Disney) e encontra ele lá, daí fica amigo.
No caso, a viagem pro Uzbequistão demorou muito. Agora é tarde...
Será que, se tivéssemos viajado para o Uzbequistão antes, não poderíamos ter salvo o Hermann?
Como diria a Dona Milu: Mistérios....
Quem ser esse, minha gente?
Oi, sou estudante da UFPR e não tô sabendo de nada disso. Quem é essa pessoa, onde foi isso? E why God, why?
Esse é o Hermann, ou Carlos blá blá.
Esse estudante se suicidou pulando do décimo andar do Prédio Dom Pedro I.
Ele estava todos os dias jogando peteca no pátio e sempre almoçava no RU.
E enquanto seus amigos estavam mais preocupados em cantar Maria, Maria ele tinha problemas maiores!!
é só, fiquei chocada!!
beijos a todos!
PS: gostaria de saber quem é hum... e anônimo. Não precisa ter vergonha de dizer quem é, só massacro baderneiros de havaianas. e se for um desses, ao menos tenha coragem e bata no peito!! hahaha
Pois é Tatiana..
Este blog não é seu: É do mundo!
Já ultrapassa o seu círculo social e começa a ser conhecido (e reconhecido)!
Obs.: Não uso havaianas para quebrar vidros da reitoria e sim para andar na rua, hehe.
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